AVC Hemorrágico Pós-Vacinação: Estudo Revela Persistência da Proteína Spike em Artérias Cerebrais de Vítimas
- Daniel Sheanan Colmenero Lin
- 4 de jun.
- 6 min de leitura
Pesquisa detecta proteína Spike do SARS-CoV-2 em vasos sanguíneos do cérebro por até 17 meses após vacinação com mRNA, levantando preocupações sobre riscos vasculares

Um estudo recente publicado na Journal of Neurological Sciences (Expressão da proteína spike do SARS-CoV-2 em artérias cerebrais: implicações para acidente vascular cerebral hemorrágico pós-vacinação com mRNA) revelou mecanismos potencialmente críticos ligando a vacinação com mRNA a acidentes vasculares cerebrais (AVCs) hemorrágicos. A pesquisa detectou a presença prolongada da proteína Spike – o antígeno das vacinas contra o SARS-CoV-2 – expressa na íntima das artérias cerebrais de 19 pacientes vacinados após sofrerem AVC (Fig. 1C), levantando questões sobre a biodistribuição das vacinas e seus efeitos vasculares a longo prazo.

A Figura 2 mostra os resultados da imunocoloração para a proteína Spike e a proteína do nucleocapsídeo do coronavírus SARS-CoV-2. Entre os 16 pacientes com histórico de vacinação com mRNA, 7 casos (43,8%) apresentaram coloração positiva para a proteína Spike do SARS-CoV-2 (Casos 4, 5, 6, 10, 12, 15, 16, 18 e 19), sem coloração positiva para a proteína do nucleocapsídeo.

Nos casos positivos para a proteína Spike foi achado infiltração de células T CD4-positivas e CD68-positivas na íntima, bem como infiltração de células CD8-positivas na adventícia (Fig. 3). Nos casos negativos para a proteína spike, tais achados não foram observados.

Principais Achados do Estudo
Expressão da Proteína Spike em Pacientes Vacinados
A proteína Spike foi identificada em 43,8% dos pacientes vacinados analisados, sugerindo que uma parcela significativa pode ter tido biodistribuição vascular anormal do mRNA vacinal.
A detecção foi feita principalmente na camada íntima das artérias cerebrais, região crítica para a integridade vascular.
Persistência Prolongada da Spike
Nessa pequena amostra de 19 pacientes com tempos a partir da última vacinação variando entre 2 e 22 meses, a proteína Spike permaneceu detectável nas artérias cerebrais mesmo 17 meses após a vacinação, indicando que sua presença não é transitória, como inicialmente previsto.
Origem do mRNA da Spike
Técnicas de hibridização in situ confirmaram que o mRNA da spike derivava tanto da vacina quanto de infecções naturais pelo SARS-CoV-2.
Isso demonstra que o mRNA vacinal pode ser traduzido em proteínas spike em locais distantes do local da injeção, incluindo vasos sanguíneos cerebrais.
Inflamação Vascular e Risco de AVC Hemorrágico
Vasos com Spike positivo apresentaram infiltração de células inflamatórias, sugerindo uma resposta imune localizada que poderia destabilizar a parede arterial.
A inflamação crônica e a disfunção endotelial são fatores conhecidos para ruptura vascular, levando a sangramentos cerebrais (AVC hemorrágico).
Preocupações com a Segurança a Longo Prazo
O estudo é mais um de muitos destacando que a biodistribuição das nanopartículas lipídicas (LNPs) não se limita ao músculo deltoide como alardeado pela mídia, atingindo tecidos vasculares e potencialmente desencadeando respostas adversas tardias.
Mecanismos Técnicos Propostos para o AVC Hemorrágico
Entrada das LNPs na Circulação Sistêmica
As nanopartículas lipídicas (LNPs) carregando mRNA da proteína Spike podem vazar para a corrente sanguínea após injeção intramuscular, atingindo células endoteliais em artérias cerebrais.
Tradução da Spike no Endotélio Vascular Cerebral
O mRNA é internalizado por células endoteliais, que passam a produzir a proteína Spike, desencadeando:
Resposta inflamatória (ativação de citocinas como IL-6 e TNF-α).
Disfunção da barreira hematoencefálica que protege o cérebro (aumento da permeabilidade vascular): ruptura da integridade da barreira hematoencefálica por meio da ativação da RhoA permite a entrada livre de proteínas Spike e outras toxinas, contribuindo potencialmente para complicações neurológicas em pacientes com COVID-19.
3. Desregulação da Pressão Arterial
A ligação do vírus aos receptores da enzima conversora de angiotensina-2 (ECA2) pode levar à desregulação da pressão arterial, aumentando o risco de AVC hemorrágico devido, p.e., a aneurismas – pontos fracos do endotélio que se dilatam com risco de rompimento quando há pressão alta.
Lesão da Parede Arterial
A spike pode ativar a via do complemento e induzir estresse oxidativo, levando a:
Degradação da matriz extracelular (enfraquecimento da parede do vaso).
Apoptose de células endoteliais (formação de microaneurismas).
Coagulopatia
Níveis elevados de dímero D e marcadores inflamatórios predispõem pacientes a AVC isquêmico e hemorrágico ao induzir um estado de hipercoagulabilidade, interromper a função endotelial e desencadear uma resposta inflamatória.
Infiltração de Linfócitos T
A expressão da proteína Spike estimula a imunidade das células T, conforme observada infiltração de células T CD4-positivas e células CD68-positivas na íntima, bem como infiltração de células CD8-positivas na adventícia, levando ao AVC hemorrágico.
Vascular e Sangramento
A combinação de inflamação crônica e fragilidade estrutural aumenta o risco de ruptura espontânea de pequenas artérias, resultando em hemorragia intracerebral.
Implicações para o Público
Monitoramento de Sintomas Neurológicos: Pacientes vacinados devem estar atentos a sinais como dores de cabeça intensas, fraqueza assimétrica ou alterações visuais, que podem indicar eventos vasculares não apenas no curto prazo de 1 mês, mas por tempo indeterminado, uma vez que o antígeno Spike vacinal é uma toxina aparentemente de difícil degradação.
Necessidade de Mais Pesquisas: Os achados reforçam a urgência de estudos de longo prazo sobre a segurança vascular das vacinas de mRNA, ainda mais no cenário atual onde crescem os números de casos de AVC após as vacinas do COVID-19 irem a mercado a partir de 2021.
Transparência em Dados de Biodistribuição: A incidência e persistência da proteína Spike em vasos cerebrais questiona os modelos farmacocinéticos alegados inicialmente, exigindo transparência e comprometimento com a vida humana no que tange à divulgação de dados pelas agências regulatórias.
Conclusão
O estudo fornece evidências anatômicas e moleculares de que a proteína Spike tanto derivada da vacina de mRNA quanto de infecções por COVID-19 pode se acumular em artérias cerebrais, contribuindo para inflamação, fragilidade vascular, aumento da pressão sanguínea, coagulopatia e rompimento de vasos. Os resultados alertam para riscos desconsiderados durante os ensaios clínicos, tornando-se urgente a realização de estudos em larga escala para verificar o verdadeiro perfil de segurança das vacinas do COVID-19.
Referências Bibliográficas
Ota N, Itani M, Aoki T, Sakurai A, Fujisawa T, Okada Y, Noda K, Arakawa Y, Tokuda S, Tanikawa R. Expression of SARS-CoV-2 spike protein in cerebral Arteries: Implications for hemorrhagic stroke Post-mRNA vaccination. J Clin Neurosci. 2025 Jun;136:111223. doi: 10.1016/j.jocn.2025.111223. Epub 2025 Apr 3. PMID: 40184822.
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