Farmacêutico vai ao suicídio após indenização negada por complicações neurológicas da vacina contra COVID-19
- Daniel Sheanan Colmenero Lin
- 28 de set. de 2024
- 3 min de leitura
Família clama por reforma no esquema de compensação do governo para danos causados por vacinas
A família de John Cross, um farmacêutico do NHS, está pedindo uma reforma urgente no esquema de compensação do governo para danos causados por vacinas, após ele tirar a própria vida devido a complicações paralizantes provocadas pela vacina contra a COVID-19. Embora o médico oficial tenha reconhecido que a vacina causou seus raros efeitos neurológicos, ele foi considerado "não suficientemente incapacitado" para receber o pagamento de compensação.
John, que sempre apoiou cegamente a vacinação e desejava proteger seus familiares idosos, desenvolveu uma paralisia severa duas semanas após tomar a 1º dose da vacina. Incapaz de se mover, respirar ou até mesmo piscar, ele passou sete meses internado no hospital, onde enfrentou dores crônicas, dormência e várias recaídas. Ele foi internado em terapia intensiva, onde recebeu uma traqueostomia, um tubo de respiração no pescoço. E a equipe de enfermagem teve que fechar os olhos com fita adesiva para que ele pudesse dormir. Diagnosticado com Polirradiculoneuropatia Desmielinizante Inflamatória Crônica (PDIC), inchaço do nervo que leva à perda de força ou sensação, John ainda lutava contra o impacto de seu estado de saúde quando foi informado que sua reivindicação no Vaccine Damage Payment Scheme (VDPS) havia sido rejeitada.

A VDPS, criada em 1979, oferece um pagamento único de £120.000 para indivíduos que sofram efeitos colaterais significativos de vacinas. No entanto, John enfrentou um atraso de dois anos para receber uma resposta, com base apenas em uma revisão de seus registros médicos e sem avaliação presencial. O veredicto negativo e o fardo contínuo da doença afetaram gravemente sua saúde mental. Depois que ele foi rejeitado pelo Esquema de Pagamento de Danos por Vacinas (VDPS), sua saúde mental se deteriorou e em outubro de 2023, ele tirou a própria vida.

A família Cross está determinada a lutar para mudar o sistema em nome de John.
"Queremos que algo de bom saia disso e que o sistema seja reformado em memória de nosso pai", disse Philip Cross, o filho mais novo de John.
O desespero da família é agravado pela burocracia e a falta de contato humano ao longo do processo de compensação.
"Ninguém falou com ele, foi apenas um formulário", lamentou sua viúva, Christine.
“Todos nós já tomamos nossas vacinas. E continuamos desde que perdemos o pai", diz a filha de John Cross. "Mas agora você começa a questionar. Se uma coisa rara e incomum acontecesse, o sistema não o protegeria. Não está lá para você... Vale a pena o risco?"

Dados revelados através de solicitações de Freedom of Information mostraram que desde o início da vacinação contra a COVID-19, 14.000 pessoas entraram com pedidos de compensação na VDPS. Pouco mais de 6.000 foram notificados até agora de um resultado, mas apenas 180 receberam pagamentos até o momento. Além disso, 350 pessoas tiveram seus casos confirmados como relacionados à vacina, mas foram consideradas com menos de 60% de incapacidade – o limite exigido para a compensação.
O advogado da família Cross, Peter Todd, da Scott-Moncrieff & Associates, criticou a complexidade do sistema, afirmando que os avaliadores médicos frequentemente não conseguem fazer comparações adequadas entre os diferentes tipos de danos causados pela vacina. A VDPS utiliza critérios que remontam a programas de compensação para lesões industriais, e o impacto psicológico frequentemente não é levado em consideração de forma justa.
Todd disse que os avaliadores médicos lutam para fazer comparações de "maçãs e peras" com danos complexos da vacina.
"O limiar é muitas vezes mal interpretado como sendo muito alto, semelhante a estar totalmente paralisado", disse ele. "Mas não é. É um padrão muito mais baixo, e eles têm que levar em conta tanto a deficiência física quanto o impacto psicológico".
Todd disse que as pessoas podem ter dificuldade em explicar o impacto total dos danos causados pela vacina de uma forma complexa.
"Há uma incompatibilidade real entre o que o requerente entendeu sobre sua condição e o que o avaliador está preparado para aceitar com base puramente em registros médicos que não foram criados para os fins desta avaliação", disse ele. "Eles rejeitaram a alegação de John da maneira mais arrogante e injusta, o que apenas o quebrou psicologicamente".
A família Cross espera que o governo não apenas reconheça a tragédia que viveram, mas aja para reformar o sistema. Como disse Liz, filha de John:
"Ele era nosso pai, um homem maravilhoso. O governo precisa ouvir isso e agir – não só oferecer condolências".
O inquérito sobre a COVID-19, previsto para janeiro de 2024, examinará possíveis reformas na VDPS. Para a família Cross, cada dia de espera é um lembrete doloroso da tragédia que poderia ter sido evitada.
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