
Daniel Sheanan Colmenero Lin
6 de jul. de 2022
Um apocalipse digital é esperado nos próximos anos
Temos visto uma escalada de ataques cibernéticos sem precedentes nos últimos anos. Em atenção ao manejo de riscos digitais, o Fórum Econômico Internacional, o Centro de Segurança Cibernética e a INTERPOL suportam anualmente o Cyber Polygon – exercícios de segurança cibernética organizados pela BI.ZONE. Em 08/07/22 ocorreu a quarta edição daquele treinamento online internacional destinado a aumentar a resiliência cibernética global. Com isso, eles conhecem melhor do que ninguém as vulnerabilidades dos ambientes digitais. Recentemente, o diretor do WEF Jeremy Jurgens declarou ao Fórum de Davos 2023 que se espera um evento cibernético catastrófico nos próximos anos. A desconfiança de uma conspiração digital foi despertada a partir do discurso de Klaus Schwab alertando para consequências trágicas de um apocalipse cibernético para ramos de suprimento, transporte, serviços hospitalares, enfim, nossa sociedade como um todo. Para Schwab, a crise do COVID-19 pareceria um distúrbio pequeno comparado a uma pandemia cibernética, justificando a necessidade de medidas de preparo em resposta a ataques ransomware.
O que ocorreria se dispositivos digitais fossem desligados globalmente para resolver uma contaminação exponencial por vermes digitais espalhados pela rede mundial de computadores? O centro da geopolítica global promove anualmente exercícios simulatórios contra ataques ransomware que têm o potencial de arrasar as economias e impactar significativamente a vida de populações cada vez mais dependentes do ambiente digital. Do que se trata e quais os objetivos das organizações suportando essa iniciativa? Quais os riscos para a sociedade civil? Quem está preparado para um apocalipse digital? Assista a Cyber Polygon: Ensaios de Resiliência Cibernética Frente ao Apocalipse Digital na Era da Nuvem, por um panorama dos ataques cibernéticos, dos exercícios de resiliência cibernética, da interdependência digital e seu papel no Grande Reset, bem como dos riscos para sociedades civis ao redor do mundo.
O exercício simulatório é uma oportunidade para aumentar a vigilância cibernética, coagir um aumento no compartilhamento de dados e interconectividade entre bancos de dados públicos e privados, e estimular a dependência do ecossistema digital incluindo o estímulo ao fim do papel moeda.
Muitos receiam que esta seja uma arapuca para preparação para uma infecção ransomware global conforme mencionado nas últimas edições do Cyber Polygon. Um apocalipse cibernético global traria caos e danos astronômicos, justificando a necessidade de manter os dados civis sob estreita vigilância, controlando identidades digitais, moedas digitais, documentos e sistemas digitais e, finalmente, o cérebro digital. A culpa pelo desastre poderia vir de alguma faceta da instabilidade geopolítica.
Mesmo que um ataque cibernético global nunca se materialize, a meta primária do Cyber Polygon será atingida: reforçar a segurança cibernética e a interconectividade de dados para prover um controle social jamais visto na história da humanidade em favor da 4º Revolução Industrial. Devido à agenda transumanista que almeja a implantação do cérebro digital, a segurança cibernética parece vital na tentativa de proteger cidadãos da invasão da própria privacidade cerebral. A interoperabilidade de identidades digitais, certificados de imunidade, serviços financeiros, segurança cibernética, contabilidade distribuída, internet das coisas, nuvens Microsoft, tudo encriptado via Blockchain para impossibilitar a falsificação de dados também permitirá a implantação de políticas intervencionistas globalmente pelo cumprimento das metas da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Via de regra, políticas intervencionistas são devastadoras para sociedades civis tendo potencial de destruição mais agudo no longo prazo do que um eventual apocalipse digital.